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Review: Atheists Who Kneel and Pray - Tarryn Fisher


Editora: Publicação independente Língua: Inglês

Páginas: 250 Gênero: Romance, Contemporâneo, Adulto. Lançamento: Julho de 2017.







Sinópse:

Yara Phillips é uma musa errante. Ela namora com homens que precisam dela, mas depois ela sempre segue em frente atrás de algo novo, nunca ficando em um único lugar por muito tempo. 
David Lisey está em busca de uma musa. Um músico talentoso e sem inspiração lírica. Quando ele a vê pela primeira vez, ele percebe que encontrou o que estava procurando. 
Yara acredita que pode dar a David exatamente o que ele precisa para atingir todo o seu potencial:Um coração partido. 
A religião de Davi é o amor. 
A religião de Yara é a mágoa. 
E nenhum deles está disposto a render-se, mas a religião sempre exige algum sacrifício.

Resenha:

A principio, quando li a sinopse desse livro, eu confesso que achei meio estranho. Quero dizer, como assim um romance sobre uma musa!? Mas a Tarryn Fisher se tornou facilmente umas das minhas escritoras preferidas e a sua habilidade em criar histórias únicas e envolventes foi o que me deu fé de que essa provavelmente seria mais uma delas. E inclusive, estava bem curiosa, porque depois de um tempo envolvida no gênero mais "sombrio", ela finalmente voltou para o romance, aonde eu acho que ela realmente se supera.


A Tarryn Fisher tem um estilo próprio. Ela não cria personagens perfeitamente moldados e mais do mesmo, eles são criaturas normalmente bem complexas e intrigantes. E a Yara Phillips não foge a regra. Ela é daquele tipo de personagem que conforme você vai lendo você questiona as atitudes ou até mesmo a sanidade da personagem. rsrs Mas um dos aspectos que eu mais gosto das histórias da Tarryn é o amadurecimento dos personagens no decorrer do livro, porque convenhamos, não são todos os escritores que tem a habilidade de transmitir isso para o leitor de uma forma tão real e linear.

"Você quer que eu o faça se apaixonar por mim e está me dando permissão para deixa-lo e partir o seu coração?"

'Atheists Who Kneel and Pray' trata-se de um romance um tanto complicado e que por sinal deve-se justamente a complexidade da protagonista. Yara é uma jovem que tem dificuldades em se relacionar com outras pessoas. Mas a sua personalidade única, intriga os caras com os quais ela se envolve. No entanto, a Yara nunca consegue ficar em um único lugar por muito tempo e assim, ela está constantemente e inesperadamente largando tudo para trás e mudando de cidade.

A maioria das pessoas passam pela a vida procurando por alguma experiência elusiva de alma gêmeas. E eu estou tentado fazer o máximo possível para evitar que aconteça. Isso me faz problemática ou sábia? Quem vai saber, quem se importa?

Ela teve uma infância difícil e sem saber lidar muito bem com determinadas questões da sua vida, um dia ela resolve deixar Londres, sua terra natal e embarca para os Estados Unidos, afim de novas aventuras. Constantemente mudando de cidade ela acaba em Seattle e lá é aonde o livro realmente começa.


Ela trabalha como bartender em um pub e um dia no trabalho ela conhece o David. Um cara que a princípio parece bem diferente dos tipos que ela está acostumada. Durante todo o tempo em que ela passou viajando, ela conheceu alguns homens que normalmente eram artistas que no fim a queriam como uma musa pessoal em razão da sua personalidade única e diferente. Mas quando ela descobre que o homem que ela não consegue tirar da cabeça é um músico, - que está determinado a conquista-la de qualquer forma - ela começa a se questionar se o que ele quer é um amor ou um coração partido com o intuito de obter inspiração para escrever grandes músicas. Mas seja lá intenção dele, ela não está preparada para passar por toda a dor de cabeça que isso tudo traz mais uma vez.

O amor é um tiro no escuro. Amor era apenas uma palavra até que alguém a deu significado para ela.

O David é aquele típico protagonista maravilhoso que encanta o leitor logo de primeira. Não é que ele não tenha falhas, mas é um personagem mais consistente e estável. A princípio você não o leva muito a sério, porque ele faz aquele típico músico conquistador, mas conforme você o vai conhecendo, também vai se encantando pela a forma despreendida com a qual ele vive a vida e o amor.

Eu sou apenas um cara simples que se apaixonou por uma complexa mulher.

Inclusive, esse livro é divido em três partes e é contado em primeira pessoa tanto pela a Yara quanto pelo o David, embora ela fique responsável pela a maior parte do livro, que corresponde a primeira e a terceira parte. E o bom é que assim a gente tem a oportunidade de conhecer os dois personagens. Normalmente eu não gosto muito de pov dividido, mas no caso desse livro, ele veio bem a calhar.

Não existe "seguir em frente" quando você está verdadeiramente apaixonado. Você tenta e continua tentando, mas esse tipo de amor é como uma mancha na sua vida. Não é assim tão fácil.

Bom, essa é a premissa da história. Mas esse é um livro que embora não seja tão grande, tem muitos acontecimentos. Ele não vai e volta no passado, mas a autora trabalhou com alguns pulos no tempo, o que foi ótimo porque deu mais fluidez a história. E como ele é um romance no estilo montanha russa, é interessante o leitor aborda-lo sem muitas informações. Eu pessoalmente adorei o livro e definitivamente o recomendo para quem curte um bom romance. Ele vai te envolver e emocionar exatamente no estilo Tarryn Fisher. Se você ficou com saudades dos romances dela, já não precisa esperar mais, 'Atheists Who Kneel and Pray' foi uma grande "volta".

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