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Review: F*ck Love - Tarryn Fisher


Editora: Faro Editorial

Páginas: 288

Gênero: Adulto, Romance, Contemporâneo.

Lançamento: janeiro 2017







Sinópse:

Helena Conway se apaixonou. Contra sua vontade. Perdidamente. Mas não sem motivo. Kit Isley é o oposto dela – desencanado, espontâneo, alguém diferente de todos os homens que conheceu. Ele parece o seu complemento. Poderia ser tão perfeito... se Kit não fosse o namorado da sua melhor amiga. Helena deve desafiar seu coração, fazer a coisa certa e pensar nos outros. Mas ela não o faz... “Tentar se afastar da pessoa amada é como tentar se afogar. Você decide fugir da vida, pulando na água, mas vai contra a natureza não buscar o ar. Seu corpo clama por oxigênio; sua mente insiste que você precisa de ar. Então você acaba subindo à superfície, arfando, incapaz de negar a si mesma essa necessidade básica de ar. De amor. De desejo ardente.” Você pode pensar que já viu histórias parecidas, mas nunca tão genuínas como essa. Tarryn, a escritora apaixonada por personagens reais, heroínas imperfeitas, mais uma vez entrega algo forte, pulsante, que nos faz sofrer mas também nos vicia. Depois dela, todas as outras histórias começam a parecer como contos de fadas.

Resenha:

Confesso que tinha algumas boas expectativas quanto a esse livro. Essa é a mesma autora que escreveu a trilogia 'A Oportunista' que está sendo lançada pela a faro Editorial por aqui. Quando li a sinopse desse livro, pensei que ele fosse seguir uma linha parecida com o livro acima mencionado. E de certa forma, ele até que segue, pois também é focado em um romance contemporâneo conflituoso. Mas infelizmente achei que faltou emoção nesse livro. Por essa razão, não consegui me conectar de forma alguma com a protagonista. Ao invés de me sentir ela, eu me senti como uma mera observadora. Dessa forma, o livro ficou distante para mim, não consegui me envolver a fundo na trama. Bem, esse livro começa com a Helena sonhando com uma vida completamente diferente da que ela tem hoje. Nesse sonho, primeiramente, ela já está bem mais velha, com dois filhos, morando em outra cidade, uma profissão completamente diferente da qual ela vinha se preparando e o pior de tudo, namorando ou casada com o namorado da sua melhor amiga. Sim, essa última parte é mesmo confusa. Acontece que no 'mundo real' a Helena tem um namorado Neil e a sua melhor amiga Della, namora o Kit, mas no sonho ela já não estava mais com o Neil e sim com o Kit e vivendo uma perfeita vida em família. Quando a Helena acorda, ela fica confusa porque nada do que sonhou eram coisas que ela algum dia desejou, principalmente o novo namorado da sua amiga, o qual ela pouco conhece. E por mais estranho que tudo tenha parecido, ela gostou do que viveu e agora "acordada" ela tenta entender o porquê do sonho e se ele poderia ter algum fundo de verdade. Intrigada e curiosa, ela começa a experimentar as coisas que ela gostava no sonho e até a olhar para o namorado da amiga com outros olhos.

Você não deveria precisar convencer alguém a te amar. Não há realmente uma escolha quando se trata de amor.

A Helena assim como todos os personagens femininos da Tarryn, é controversa. É possível se identificar em alto nível, mas ao mesmo tempo, é uma personagem impulsiva e que mete os pés pela as mãos. Na verdade, a achei caricata demais, no sentido da autora querer fazê-la ser muito descolada, mas sem convencer muito. E um pouco inconstante. Ao mesmo tempo em que ela é confiante, ela se acha desinteressante. Percebi que ela é uma personagem sem definições e quando se trata de um livro, não sei se isso é ou não uma boa coisa. Mas no fim, ela é muito melhor - em matéria de caráter - do que eu previamente achei que ela fosse. Quanto ao Kit, para um personagem central, achei ele desinteressante. Mas de certa forma, já esperava por isso. Os personagens masculinos não são muito o forte da Tarryn e por vezes, eles acabam sendo bem irritantes, o que aos meus olhos não chega a ser algo ruim, pois particularmente não gosto de personagens perfeitinhos e padronizados demais. O Kit é um cara que parece não saber o que quer da vida. Ele deseja uma coisa, mas não vai atrás e luta por ela. É extremamente passivo e também muito inconstante.

"- Estou tentando me encontrar. - Isso, minha querida é a coisa mais assustadora que irá fazer. - Por quê? - Porque você pode não gostar do que vai encontrar."

Achei a primeira metade do livro melhor do que a segunda. Na realidade, isso foi algo que achei bem estranho, porque de repente, do nada a história muda completamente. Algumas coisas ficaram muito jogadas e sem ter um desenvolvimento adequado. Por vezes, eu me perguntava de onde que determinada coisa havia surgido. Isso me deixou meio perdida e ainda mais "desconectada". Apesar disso tudo, a gente consegue claramente ver as diversas marcas da autora pelo o livro. Principalmente aquelas auto reflexões e o desenvolvimento da personagem principal. A sensação de nós não conseguirmos relaxar por saber que a qualquer hora algo possivelmente poderá acontecer e por ai vai... Mas enfim, no todo o livro é bonzinho. Agora, se você já for fã da Tarryn Fisher, talvez você fique um pouco decepcionado, porque a mulher já estabeleceu um padrão muito alto para os livros dela, então quando a gente encontra um "mais ou menos", dá uma sensação de que faltaram algumas coisas, o que claramente foi o meu caso com esse livro. Algumas outras quotes do livro que gostei:

Arte é uma guerra contra o que escolhemos não sentir. É a guerra das cores, palavras, sons e formas. Ela se enfurece a favor ou contra o amor.
A gente costuma achar que controlamos as nossa vidas, mas é a nossa vida que nos controla. E tudo o que toca a nossa vida nos controla. As pessoas tem menos poder do que elas acham que tem. São apenas as reações que controlamos.
Existe apenas a guerra no amor. Se alguém te falar o contrário, estarão mentindo. A luta contínua para manter o amor relevante enquanto se cresce e muda como ser humano, é uma batalha. Você luta por eles, luta para mantê-los, luta para ama-los. Você luta por você ou luta pelo o seu relacionamento?

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