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Review: The Simple Wild (Wild #1) da K.A. Tucker


Série: Wild

Volume: #1

Idioma: Inglês

Páginas: 402

Editora: Átria Books

Gênero: Romance Contemporâneo, Adulto.

Lançamento: Agosto de 2018.






Sinópse:

Garota da cidade, Calla Fletcher, tenta se reconectar com o seu pai distante e, sem querer, se vê dividida entre o seu desejo de retornar à agitação de Toronto e um relacionamento com um robusto piloto do Alasca neste novo romance magistral da aclamada autor K.A. Tucker.
Calla Fletcher tinha dois anos quando sua mãe a pegou e fugiu com ela do Alasca por ser incapaz de lidar com o isolamento do extremo estilo de vida rural e, no processo, deixou para trás o pai de Calla, Wren Fletcher. Calla nunca olhou para trás e, aos 26 anos, a vida agitada em Toronto é tudo o que ela conhece. Mas quando seu pai a informa que seus dias estão contados, Calla sabe que é hora de fazer a longa viagem de volta à remota cidade fronteiriça onde ela nasceu.
Ela enfrenta a errante vida selvagem, as estranhas horas do dia, os preços exorbitantes e até mesmo os banheiros externos, tudo pela chance de se conectar com seu pai: um homem que, apesar de seus muitos defeitos, ela não consegue evitar de se importar. Enquanto ela luta para se ajustar a esse novo ambiente subártico, Jonah - o tranquilo, taciturno e orgulhoso piloto do Alasca que mantém a companhia de aviões fretados de seu pai funcionando - não consegue sequer imaginar morar em qualquer outro lugar. E ele está claramente ansioso para levar essa garota da cidade de volta para onde ela pertence, convencido de que ela é mimada demais para lidar com a natureza.
Jonah provavelmente está certo, mas Calla está determinada a provar que ele está errado. Com o passar do tempo, ela inesperadamente se vê formando um vínculo com ele. À medida que ele vai conhecendo-a, uma nova amizade vai surgindo - ou talvez algo mais profundo? Mas Calla não ficará no Alasca para sempre e Jonah nunca irá embora. Seria tolice da parte dela iniciar um romance e seguir o mesmo caminho que seus pais tentaram – e falharam – anos atrás.
É uma verdade simples que acaba não sendo tão simples assim.

Resenha:

Eu tenho esse livro no meu kindle desde o seu lançamento em 2018 e, desde então, eu escuto dizer o quanto ele é bom e o quanto as pessoas amaram esse romance. Eu não teria levado tanto tempo para ler se não fosse por receio da história. Tem um enredo dessa história que é um ponto sensível para mim e por isso, adiei tanto essa leitura. Porém, queria ler um livro que fosse realmente bom e que me tocasse, então criei coragem e abri o livro.


As pessoas estavam certas. De fato, é um livro excelente. Uma história super cativante e bem escrita. E não vou mentir, justamente por ser tão bem escrita, faz a história ser ainda mais difícil de ler. Porém, é justamente quando você sente no seu íntimo que você percebe o quanto o livro é bom.


A sinopse já resume bem o que é o livro, porém complementando o que já foi dito, Calla é uma jovem canadense de 26 anos que de repente, vê a sua vida ir pelo ralo abaixo da noite para o dia. Além de perder o emprego e perceber que o seu namoro não tem mais futuro, ela recebe uma ligação inesperada. O pai do qual ela não tem qualquer relacionamento e que não vê há 14 anos foi diagnosticado com câncer e ele quer reencontrá-la. Calla fica em dúvida se ela deveria ou não ir até o interior do Alaska para conhecê-lo, porém mesmo com muitos receios e ressentimentos, ela resolve ir para passar uma semana por lá. Entretanto, logo que ela chega, ela percebe que nada é o que ela imaginava. Desde a cidadezinha remota que ela se encontra, as pessoas que ela conhece, tudo se mostra um desafio.

"Inferno. Seis outros pilotos disponíveis e eu tinha que ser o único a ter que buscar você,” Jonah murmura para si mesmo.
A vida aqui pode ser simples, mas não é fácil e não é para todos. A água acaba; tubos congelam; os motores não ligam; fica escuro por dezoito ou dezenove horas por dia, durante meses. Ainda mais no extremo norte. Aqui trata-se de ter comida suficiente para comer e calor suficiente para se manter vivo durante o inverno. É sobre sobrevivência e desfrutar da companhia das pessoas que nos cercam. Não se trata de qual casa é a maior, ou quem tem as roupas mais bonitas, ou mais dinheiro. Nós nos apoiamos porque estamos todos juntos nessa.

Essa história tem várias nuances. O que, inclusive, faz ela ser tão emocionante. A gente vê um lado em que a personagem se reencontra como pessoa ao se deparar em mundo completamente diferente do que ela até então conhecia. E paralelamente a isso, vemos também dois outros lados que vão se desenvolvendo. O lado do relacionamento dela com o pai, que apesar de ser muito bonito, é especialmente angustiante e, há também o lado mais leve e gostoso de ler, que é o relacionamento dela com o Jonah, piloto e braço direito da empresa de aviação do pai dela. Aliás, o romance deles é emocionante porque ambos têm ideias pré concebidas um do outro e só com o passar do livro e conhecendo um ao outro que eles vão percebendo que estavam errados. Só que a autora vai fazendo isso de forma natural e em meio ao desenvolvimento de vários outros enredos.

Agora estou inconfundivelmente atraído pelo Yeti.

Os personagens são todos muito cativantes. A Calla é aquela típica garota da cidade acostumada a ter uma vida boa e sem precisar batalhar muito para obter o que quer e esse aspecto da personalidade dela que é o mais trabalhado no livro. Em contrapartida, ela é uma mulher madura e de personalidade forte, se impõe e é firme em seus posicionamentos. O Jonah tem uma personalidade muito singular e fui começar a gostar dele junto com a Calla, porque inicialmente ele deixa uma péssima impressão. Entretanto, quando você o conhece, você se apaixona. Inclusive, é por isso que eu só gosto de livro contado por um único POV, só assim você consegue de fato entrar na história. Dual pov e terceira pessoa, você passa a ser apenas um observador e isso te coloca em uma posição distante na história. Mas nesse caso, você sentia o que a Calla sentia e, assim, o livro se torna mais pessoal. Wren - pai da Calla - é um personagem que me quebrou as pernas. Ele como personagem e os relacionamentos dele no livro foi um dos aspectos que deram mais profundidade a história. Aliás, todos os personagens secundários são muito bons. Cada um a sua forma contribuiu e fez o livro ser o que é.

Você deveria ter ligado para ele. Ele deveria ter ligado para você. Sua mãe nunca deveria ter ido embora. Wren deveria ter deixado o Alasca por você. Quem diabos sabe o que é certo e ao que isso teria levado, mas não importa, porque no fim, você não pode mudar nada disso.
Eu passei os últimos doze anos pensando em todas as coisas que Wren Fletcher não é. Quando deveria ter tido a coragem de vir e descobrir todas as coisas que ele é.

Um dos meus livros favoritos. Não apenas do ano, mas como um todo mesmo. Muito emocionante. Mas como eu disse, ele tem alguns gatilhos. Não é um livro fácil de ler, especialmente para quem vive de perto dramas similares aos que têm na história, mas valeu muito a pena. Eu achei que o final foi um pouco apressado e a gente não tem a oportunidade de ver o casal de fato sendo um casal e isso teria sido um problema maior, se não fosse pelo o fato do livro ter uma continuação (Wild at Heart) e até mesmo um conto (Forever Wild) e assim, a gente conseguir ver nessas sequências o Jonah e Calla sendo um casal e lidando com problemas de casal. Nesse sentido o livro complementou o outro de forma perfeita e fechou a história deles com chave de ouro.


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