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Resenha: Ligados Pela Honra ( Born in Blood Mafia Chronicles #1) - Cora Reilly


Nome original: Bound by Honor Série: Born in Blood Mafia Chronicles Volume: #1 Idioma: Português

Tradução: Stéphanie Rumbelsperger Páginas: 204 Editora: Bezz Gênero: Máfia Romance Lançamento: 2019






Sinópse:

Nascida em uma das principais famílias da máfia de Chicago, Aria Scuderi luta para encontrar seu próprio caminho em um mundo onde não há escolhas. Aos quinze anos, ela foi escolhida para ser a aliança que uniria duas das maiores máfias americanas, casando-se com ninguém menos que 'o vice', Luca Vitiello, o próximo capo da máfia de Nova Iorque. Agora, aos dezoito, o dia que ela mais temia se aproxima: o do seu casamento. Apesar da fama que seu futuro marido carrega, e do medo que ele causa nela, Aria sabia que não tinha escapatória, e teria não só que se casar com um homem implacável, como que conviver com pessoas que até bem pouco tempo eram inimigas declaradas de sua família. Mas o jeito de predador alfa de Luca provoca nela um conflito interno; sentimentos novos; desejos sensuais e uma grande dúvida: seria aquele homem conhecido por não ter um coração capaz de amar?

Alerta Gatilho: O livro contém temas relacionados a violência física.


Resenha:

Ligados pela Honra é um romance que não foge ao esteriótipo do cara mafioso temido por todos, mas que encontra na heroína - por quem eventualmente se apaixona loucamente - o seu lado sensível e vulnerável. Sempre que vou ler um livro eu previamente dou uma lida em algumas resenhas para ter uma ideia do que irei encontrar, e confesso que baseado no que eu li sobre essa história, as minhas expectativas não eram muito boas, mas mesmo assim, quis conhecer o principal personagem de toda essa série, porque afinal de contas, é o livro que abre esse universo da máfia da Cora Reilly,

Entro com vida e só sairei na morte.

Ligados pela Honra basicamente gira em torno de um casamento arranjando dentro do universo da máfia italiana, e como eu disse anteriormente, ele realmente não foge ao esteriótipo do gênero. Na realidade, essa história tem como foco principal a inexperiência sexual de uma garota de 18 anos que desde o 15 já encontra-se noiva do futuro Capo da Casa Nostra de Nova York. Como todas as mulheres desse mundo da máfia, a Aria também foi criada e educada com o propósito ultrapassado de casar com algum outro membro da máfia. Apesar do seu noivo ser apenas 5 anos mais velho do que ela, bonito e um dos solteiros mais cobiçados de NY, a Aria obviamente não fica nada feliz com essa situação, especialmente por Luca ter a fama de ser um monstro impiedoso. No entanto, ela sabe que não tem como evitar a situação afinal de contas, o casamento de Aria e Luca vem com o propósito de selar a paz entre duas das maiores famílias de NY e Boston com o fim de lutarem contra um inimigo maior - a máfia russa e a chinesa.

Meus sentimentos não importavam, nunca importaram. Cresci num mundo onde não eram dadas escolhas, principalmente às mulheres. Este casamento não tinha nada a ver com amor nem confiança ou escolha. Trata-se de dever e honra, de se fazer o que é esperado. Um vínculo para garantir a paz.

Luca é um personagem ok, mas nada muito diferente do padrão encontrado nessas histórias. Na realidade, a autora não dá muita oportunidade ao leitor de ver o lado frio, impiedoso e brutal do Luca porque a história é contada em primeira pessoa e pelo ponto de vista da Aria, logo a nossa visão fica limitada ao que ela vê. Dessa forma, não vemos muito dentro desse universo da máfia. Inclusive, acredito que isso tenha deixado a história incompleta e sem muito desenvolvimento, razão da qual eu ter dado apenas 3 estrelas para o livro. A autora focou demais na virgindade da Aria e na inexperiência sexual dela. O livro é basicamente apenas sobre esse assunto. Embora eu tenha achado compreensível toda a insegurança da personagem, acho que faltou a autora ter mesclado todo esse arco da história com outras coisas. A autora poderia ter nos mostrado mais sobre esse mundo da máfia em NY e paralelamente ter vinculado o desenvolvimento da Aria e do Luca como um casal também fora do quarto.

Eu não sou uma pessoa que devesse ser amada. As pessoas me temem, me odeiam, me respeitam, me admiram, mas elas não me amam. Eu sou um assassino. Sou bom em matar. Provavelmente melhor do que qualquer outra coisa, e eu não me arrependo. Merda, talvez eu até goste. Esse é um tipo homem que você queira amar?

Apesar disso, a autora tem uma escrita viciante. Me senti presa a história do começo ao fim e realmente, teria gostado muito mais se ela tivesse ampliado determinados arcos da história. A Aria também não é das heroínas mais cativantes. O problema não é nem ela ser extremamente inocente, a questão é que ela bem imatura. Por outro lado, também não tem como se esperar algo muito diferente de uma menina de 18 anos que foi completamente privada de ter qualquer experiência de vida, e apenas agora está podendo respirar um pouco, e mesmo assim, ainda "supervisionada" pelo marido.


Eu não diria que esse livro se enquadra dentro do gênero dark. Dessa forma, não enxergo nenhum gatilho nessa história, apesar de ela ter algumas poucas cenas de violência - o que também já se é esperado nesse tipo de leitura, - não são cenas tão alarmantes.


Apesar de não ter sido um grande livro, acho válido ler esse primeiro volume caso você tenha se interessado por algum outro livro dessa série ou da série Camorra Chronicles porque ele abre a história, introduz a dinâmica desse universo e nos apresenta os personagens que ganham foco nos livros seguintes de ambas as séries. Na realidade, foi essa a razão de eu ter lido esse livro. Tentei ler a série da Camorra, porém ela faz tanta referência a série Born in Blood Mafia Chronicles que eu senti que para entender melhor as histórias e àqueles personagens, eu precisaria antes entender a origem de tudo. No entanto, agora confesso que também fiquei curiosa pela história da Valentina - segundo volume da série.

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