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Resenha: 'Liberta-me' (Estilhaça-me #2) - Tahereh Mafi


Série: Estilhaça-me

Volume: #2 Editora: Universo dos Livros

Páginas: 391

Gênero: Young Adult, Romance, Distópico.

Lançamento: julho 2020







Sinópse:

Após escapar do Restabelecimento e encontrar a sede da resistência rebelde – um lugar para pessoas com dons, como ela –, Juliette enfim se sente livre… livre do plano de ser usada como arma e livre para amar. Mas ela nunca estará livre de seu toque letal. Nem da guerra que se aproxima.
Assombrada pelo passado e aterrorizada com o futuro, ela sabe que precisa tomar decisões capazes de mudar sua vida, entre o que quer e o que acredita ser correto. Decisões que podem envolver escolhas entre seu coração e a vida de alguém.

Resenha:

Gente, mas que surpresa foi esse livro. Digo isso porque infelizmente, acabei muito decepcionada com o primeiro, o 'Estilhaça-me'. Enquanto eu o lia, me questionava o que havia exatamente nele - além da escrita em forma de prosa - que tinha deixado as pessoas tão encantadas. Depois de acabar o primeiro, apesar de me ver decepcionada, vi que havia potencial na história e senti que ele poderia se tornar melhor nos livros seguintes. E gente, levei três messes para ler o primeiro, mas o segundo? Li em um dia e meio. Sinceramente não sei o que que aconteceu, mas de repente, me vi sugada para dentro do livro, envolvida com a história e os personagens de tal forma que e eu simplesmente não conseguia mais parar de ler.


Como eu disse, não sei exatamente o que aconteceu, mas a história cresceu e os personagens ganharam força. No livro anterior a gente conhece a história da Juliette e embora ela tenha sido extremamente dramática, considerei isso justificável levando em conta a vida que ela teve, então não a culpei por isso. Embora, personagens mimizentas me irritem um pouco. Mas achei ela insossa e isso foi o suficiente para me desanimar. Em 'Liberta-me', a gente ainda vê uma Juliette extremamente dramática, mas ao mesmo tempo é uma Juliette que está tentando lutar para se superar tanto emocionalmente quanto fisicamente. Então, foi possível acompanhar uma evolução gradual da personagem e foi legal porque ela foi ganhando força, mas sem perder a sua essência.

Outra coisa que me surpreendeu, foi o aspecto romântico. No livro anterior eu não consegui comprar o amor entre a Juliette e o Adam. Tudo aconteceu muito rápido e muito fácil. Foi um amor que nos foi entregue de bandeja o que acabou se tornando sem graça. A gente não pôde acompanhar direito a evolução deles. Ainda acho que aquilo tudo era mais uma atração física misturado com carência. Nunca cheguei a ficar realmente encantada ou torcendo pelo os dois, mas não porque não tenha gostado deles, mas só porque eu não consegui acreditar naquele sentimento.

Mas como eu já previa, esse livro iria deu uma volta de 360º nesse sentido, porque de certa forma surge um triângulo envolvendo a Juliette, o Adam e o grande inimigo de todos, o Warner. E si, sei que triãngulos amorosos irritam muita gente, especialmente se feito sem cuidado, mas nesse caso, esse fator trouxe vida a história. Enquanto eu lia o livro anterior, eu sabia que a história iria chegar nesse ponto então, eu só tinha dúvidas quanto a forma como isso tudo seria apresentado. E claro, fiquei também curiosa para ver como que no fim das contas a autora iria conseguir tentar equilibrar o pêndulo com o intuito de fazer as pessoas gostarem e torcerem para a Juliette ficar com o cara que havia sido tão cruel não só com ela, mas também com outras pessoas que ela se importava. A autora precisaria ser muito astuciosa para nos convencer de que seria possível.


A questão é que isso aconteceu. Tahereh Mafi trabalhou na relação dos dois como ela não havia trabalhado na relação da Juliette com o Adam e, realmente, para mim no fim das contas tudo ficou bem convincente. O romance deles não nos foi entregue de bandeja como o outro, e isso que foi o mais legal, porque nós tivemos a oportunidade de acompanhar com os dois todo o passo a passo do turbilhão de emoções que eles estavam vivenciando.


É tudo muito complicado na realidade, porque a Juliette está convencida de que ama o Adam, mas nesse livro os dois enfrentam alguns problemas que não lhes dão boas perspectivas e isso os deixam emocionalmente arruinados. Então, eu sinceramente não tenho ideia do que irá acontecer daqui pra frente. Diria que ambos tem 50% de chance de ficar com ela, e embora eu esteja preferindo o Warner, ficarei triste por qualquer um dos dois que acabe chutado na sarjeta. rss Porque embora não goste do casal Adam e Juliette, eventualmente, eu acabei gostando do Adam.


Tirando a parte romântica entre a Juliette e o Warner (destaque para o capítulo 62), eu fiquei completamente apaixonada pelo o melhor amigo dela, o Kenji. Gente, que personagem adorável. O espírito leve, brincalhão e sarcástico dele foram encantadores. Adorei a amizade dele com a Juliette e como ela foi se desenvolvendo.

Enfim, sobre a premissa do livro, bom a Juliette e o Adam acabam sendo melhor introduzidos ao movimento Ponto Ômega. Mas a Juliette está tendo dificuldades para se adaptar ao lugar e as pessoas. Ela treina e tenta aperfeiçoar os seus poderes, mas não tem muito sucesso e acaba ainda mais frustrada e mimizenta. Mas os líderes do movimento Ponto Ômega - entre eles o Kenji - não lhes dão muitas chances para ela ficar se lamentando, pois precisam de ajuda e rápido. Afinal, o temível Comandante - e pai do Warner - deu as caras e assumiu as rédeas da situação. A guerra está prestes a acontecer e eles não têm muito tempo para se prepararem.


Esse livro não tem tanta ação e nem tanta troca de cenários quanto o anterior, ele acaba focando mais no desenvolvimento dos personagens e suas relações. O que eu particularmente achei ótimo, porque as pessoas que estão lendo o livros estão mais preocupadas com os personagens em si do que com o pano de fundo da história. E nesse sentido, eu destaco principalmente o Warner, porque nesse livro, nos é apresentado um lado dele que nós não havíamos antes conhecido e, é um lado que muda toda a figura da história.


Realmente, gostei muito de Liberta-me. Só não dou nota 5 porque embora eu já esteja adaptada a escrita da autora, tem horas que fico meio sem paciência. Por exemplo, em algumas cenas está rolando uma super ação, o exitamento lá em cima, eu louca pra saber o que vai acontecer, mas em seguida e de repente ela diminui o ritmo com um capítulo cheio de metáforas, figuras de linguagem e nada que para aquele momento realmente importe. Isso me deixava frustrada. A sorte é que eram capítulos extremamente curtos.


Inclusive, considerei os capítulos pequenos um ponto positivo, porque acaba dando um certo dinamismo para o livro. Mas ainda sobre escrita, eu realmente passei a gostar desse estilo. Acho que é mais envolvente. A Juliette expressa as emoções dela de forma tão poética e ao mesmo tempo tão figurativa que ela consegue nos atingir e sentir com ela tudo o que ela está descrevendo. E o interessante é que isso não ocorre apenas com emoções dela, a Juliette também é capaz de dar voz ao vento, a chuva, ao chão, ao sol... e isso faz a história se tornar mais intensa. Funcionou para essa história e para a personalidade da protagonista. Enfim, amei! e mal posso esperar para o que vem a seguir.

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