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Resenha: 'Estilhaça-me' - Tahereh Mafi


Série: Estilhaça-me

Volume: #1 Editora: Universo dos Livros

Páginas: 290

Gênero: Young Adult, Romance, Distópico.

Lançamento: abril 2018







Sinópse:

Um toque é o bastante. Com apenas um toque, Juliette Ferrars é capaz de fazer um homem adulto se ajoelhar de dor e implorar por misericórdia. Um único toque de Juliette pode matar. Ninguém sabe por que a garota tem um poder tão impressionante, o qual ela acredita ser uma maldição, um fardo que uma pessoa sozinha seria incapaz de carregar. Contudo, o Restabelecimento enxerga essa característica como um dom e passa a vê-la como uma oportunidade – uma oportunidade de usá-la como arma letal. Porém, Juliette tem seus próprios planos.

Resenha:

Bem, 'Estilhaça-me' é a típica série que eu não tinha a pretensão de ler, mas em todo o lugar que eu ia, ouvia falar super bem dela. No fim das contas, me rendi, comprei o livro e comecei a ler.

A repercussão positiva dela me surpreendeu um pouco e inclusive, foi por isso que a comprei, mas agora que terminei o livro, confesso que eu não compartilho muito do excitamento. Quero dizer, o livro é bem escrito e tem uma história interessante, mas foi tanto burburinho em cima dele, que eu realmente esperava por algo mais excitante.


Na verdade, eu achei o livro meio fraco e tive uma certa dificuldade pra termina-lo. Eu li a metade e depois parei por uns dois meses porque não estava conseguindo me conectar a história.

A questão é que o começo é bem interessante e ele te prende a atenção porque o cenário e os personagens apresentados pela a autora são intrigantes. Mas a partir de um determinado ponto, a história começou a ficar um pouco monótona. Comecei a achar a personagem principal meio chata e o pior, o romance extremamente forçado. E com isso, resolvi dar um tempinho da leitura.


Depois, voltei a ler e a leitura se tornou mais fluida. Senti que o livro em um determinado ponto pegou um ritmo mais acelerado. Os últimos 40% teve mais ação e emoção. Quanto ao romance, eu meio que tentei passar por cima, porque seria a única forma de conseguir acabar. Sinceramente, achei isso uma pena. Porque via muito potencial nesse relacionamento, mas eu realmente não achei que a autora soube desenvolvê-lo apropriadamente. Ficou tudo muito forçado e apressado... Me questionava se aquele sentimento é mesmo amor ou apenas carência. Infelizmente, nem por um momento eu consegui comprar aquele amor todo e me apaixonar pelo o casal.


No entanto, dependendo de como a autora tenha conduzido o resto da história nos livros seguintes, é possível que haja um certo triângulo. Consigo ver potencial em um outro romance ali também. Um mais conturbado e um tanto mais complexo, o que também não quer dizer que eu vá gostar, mas tudo dependerá de como a Tahereh Mafi irá escrever.

Muito também foi discutido sobre a forma com a qual a autora escreveu o livro. Ele é contado em primeira pessoa, só que em forma de prosa. O que eu confesso não ter gostado muito, porém parabenizo a autora pela ousadia. Outra coisa inusitada foi as repetições de palavras e frases com o fim de enfatizar algumas emoções e situações. Há também o uso de palavras riscadas, como se fosse um pensamento apagado. Então, assim, esse livro é de fato um pouco diferente nesse sentido e, não vou mentir, no começo é meio estranho mesmo, mas depois você acaba se habituando.

A Lua é uma companheira correta. Ela nunca se vai. Está sempre lá, observando, constante, reconhecendo-nos em nossos momentos de luz e escuridão, em constante transformação, assim como nós. Todos os dias uma versão diferente dela mesma. Às vezes fraca e lívida, noutras forte e cheia de luz. A Lua compreende o significado do ser humano. Inconstante. Solitária. Esburacada de imperfeições.

Bom, sobre o que é 'Estilhaça-me'?! É uma distópia em que o mundo foi destruído pelo o descuido do homem e hoje é comandado por um grupo chamado 'Restabelecimento'.

Estávamos nos matando na tentativa de permanecermos vivos. O tempo, as plantas e a sobrevivência humana são indissociáveis. Os elementos naturais estavam em guerra uns com os outros porque abusávamos de tudo. Abusávamos de nossa atmosfera. Abusávamos de nossos animais. Abusávamos de nosso semelhante.

O livro começa contando a história da Juliette. Ela é uma garota de 17 anos que tem estado presa por quase um ano em um sanatório, porque ela tem a estranha habilidade de matar as pessoas apenas pelo o toque e consequentemente, ela é tida como perigosa. Dessa forma, ela se sente sozinha, abandonada e como se fosse uma aberração da natureza. Isto porque, por toda a sua vida as pessoas - incluindo os seus pais - sempre a fizeram se sentir assim. Porém, um belo dia, um garoto chamado Adam, estranhamente é jogado em sua cela. Um garoto do qual ela conheceu quando ainda era criança. Em um seguimento confuso de eventos, a coisa toda começa a ficar mais complicada quando a Juliette é levada para uma estranha instalação aonde ela conhece o Warner, o cara que a mantém presa e que quer usa-la como uma arma para manter os seus inimigos controlados.

Na ausência de relacionamentos humanos, criei laços com as personagens de papel. Vivi amor e perda por meio das historias enredadas na historia; experimentei a adolescência por associação. Meu mundo é uma teia entrelaçada de palavras amarrando membro a membro, osso a tendão, pensamentos e imagens todos juntos. Sou um ser composto de letras, uma personagem criada por frases, um produto da imaginação fabricado por meio da ficção.

Achei a Juliette insossa. A garota é ingênua em excesso. Afinal de contas, ela não ficou presa tanto tempo assim pra justificar tanta inocência. Ela é uma garota legal e não é do tipo que faz coisas estúpidas, mas realmente achei ela boba demais. Em relação ao Adam, eu ainda não tenho opinião formada. Não gosto e nem desgosto. Mas achei também que a autora forçou um pouco a barra pra fazer dele um perfeito herói e isso o tornou ainda mais irreal. Quanto ao Warner... Ai é que eu não consegui formar uma opinião mesmo. Sinto que ele é um personagem complexo e com várias camadas a serem exploradas futuramente. Acredito que ele ainda vá crescer bastante. Mas, por enquanto, ainda acho ele só problemático e meio louco.

- Não quero que você me odeie – diz Warner enquanto seguimos pelo caminho rumo ao elevador. – Sou apenas seu inimigo porque você quis que eu fosse.

Bem, esse foi só o primeiro livro nessa série e obviamente ainda tem muito mais coisas pela à frente. Inicialmente, havia descartado a ideia de ler a sequência, mas acredito que tanto a história quanto os personagens ainda possam evoluir e melhorar, então apesar da impressão relativamente ruim, ainda irei tentar ler o próximo. E espero sinceramente que eu me surpreenda.

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