top of page
  • Foto do escritorCarla's Book Blog

Resenha: Espada de Vidro (A Rainha Vermelha #2) - Victoria Aveyard


Tradutor: Cristian Clemente Série: A Rainha Vermelha Nome Original: Glass Sword Volume: Editora: Seguinte

Páginas:

Gênero: Fantasia, New Adult e Romance.

Lançamento: 2016







Sinópse:

O sangue de Mare Barrow é vermelho, da mesma cor da população comum, mas sua habilidade de controlar a eletricidade a torna tão poderosa quanto os membros da elite de sangue prateado. Depois que essa revelação foi feita em rede nacional, Mare se transformou numa arma perigosa que a corte real quer esconder e controlar. Quando finalmente consegue escapar do palácio e do príncipe Maven, Mare descobre algo surpreendente: ela não era a única vermelha com poderes. Agora, enquanto foge do vingativo Maven, a garota elétrica tenta encontrar e recrutar outros sanguenovos como ela, para formar um exército contra a nobreza opressora. Essa é uma jornada perigosa, e Mare precisará tomar cuidado para não se tornar exatamente o tipo de monstro que ela está tentando deter.

Resenha:

Sou uma arma feita de carne, uma espada coberta de pele. Nasci para matar um rei, para acabar com um reino de terror antes mesmo de começar para valer. Fogo e eletricidade elevaram Maven, e fogo e eletricidade vão derrubá-lo.

Primeiramente, gostaria de agradecer ao grupo Companhia das Letras (editora Seguinte), pelo o exemplar do livro Espada de Vidro em troca dessa resenha. Aliás, falando sobre isso, a edição desse segundo livro segue o mesmo estilo da 'A Rainha Vermelha'. Uma coisa que acho muito positiva é que essa edição da editora Seguinte tem mantido a mesma capa da edição americana, o que eu particularmente acho ótimo, porque elas são muito bonitas, além de dar um ar de curiosidade em relação a todo aquele sangue escorrendo da coroa prateada. Dito isso, só gostaria de esclarecer que essa resenha trata-se da continuação de 'A Rainha Vermelha', logo se você ainda não o leu, aconselho evitar essa resenha. Mas enfim, sobre o Espada de Vidro, ele começa exatamente de onde 'A Rainha Vermelha' acabou. A Mare e o Cal estão agora com a Guarda Escarlate tentando fugir do Maven e de seu exército. Como a gente viu no livro passado, a Mare descobriu que não é a única de sua raça e que existem outros espalhados pelo o mundo. O problema é que o Maven também tem a lista com os nomes dos tais "sanguenovos' e ele sai a caça dessas pessoas para mata-las. E agora, para garantir a sobrevivência dessas pessoas raras e até mesmo a possibilidade de um contra-ataque, a Mare precisará encontra-los antes que seja tarde demais. Não quero falar muito sobre o livro para não acabar com a graça, mas saibam que na realidade, essa caça aos "sanguenovos" é basicamente o foco de Espada de Vidro. Obviamente, ao longo do caminho, a Mare vai esbarrando em vários obstáculos, conhece algumas pessoas, decepciona-se com outras e por ai vai. O interessante, é que logo no começo a Mare descobre que a Guarda Escarlate não é exatamente como ela imaginava e isso a faz tomar algumas medidas drásticas. Mas em suma, a maior parte do livro se resumi a isso. Pessoalmente, eu achei que a primeira parte do livro ficou amarrada demais, com o foco basicamente só nessa questão da caça aos sanguenovos e na Mare remoendo dramaticamente as recentes mudanças em sua vida. Não achei empolgante, na verdade achei bem monótono e sem graça. Essa parte não conseguiu me prender e eu já estava quase perdendo as esperanças de vir a gostar do livro, quando o a história na altura dos dez últimos capítulos, finalmente deu uma grande engrenada. Essa parte realmente foi empolgante e me deixou completamente presa e sem conseguir deixa-lo de lado.

Tenho medo de estar sozinha mais do que qualquer outra coisa. Então, por que eu faço isso? Por que eu afasto as pessoas que amo? O que há de errado comigo? Eu não sei. E eu não sei como fazer isso para.

Quanto ao romance, esqueçam, pelo menos pela primeira metade do livro. É quase inexistente. Contudo, depois de um certo ponto, ele deu uma engrenada e o que a autora começou a delinear em relação a esse "quadro amoroso" em A Rainha Vermelha ganha ainda mais forma e força. A diferença, porém, é que no livro passado, o Kilorn ficou nas sombras, enquanto os Príncipes e a Mare ganhavam destaque. Já em Espada de Vidro, quem vai para as sombras é o Maven. Aliás, ele aparece muito pouco nesse livro.


Confesso que senti falta de um pouco mais de romance, mas de certa forma, eu entendo a ausência dele por boa parte do livro. Afinal de contas, a Mare se envolveu romanticamente com o Maven e autora simplesmente "matar" esses sentimentos de uma hora para outra pareceria irreal. Quanto ao Cal, muita coisa aconteceu com eles e entre eles, então não teria como eles simplesmente fingirem que nada aconteceu. Com o Kilorn também é complicado porque é uma relação antiga... E isso tudo sem falar que depois de tudo, a Mare tem sérios problemas de confiança, então colocar-se vulnerável, é algo que ela passa a evitar a todo e qualquer custo.

Eu devo endurecer meu coração para a única pessoa que insiste em inflamá-lo.

Eu ainda não sei muito bem o que sentir quanto a esse triângulo amoroso. Em Rainha Vermelha gostei mais do Maven do que do Cal. Em contra partida, tomei horror do Maven em Espada de Vidro e passei a gostar e torcer pelo o Cal. No entanto, em alguns momentos ele me faz colocar em dúvida se eu realmente curto a ideia dos dois terminarem juntos. De qualquer forma, acho difícil vir a torcer pela a Mare com o Maven novamente, principalmente depois desse livro. Então, sobre esse aspecto, vamos ver o que a autora nos reserva para os próximos dois livros.

Nenhum coração jamais pode ser verdadeiramente compreendido. Nem mesmo o seu próprio.

Mas enfim, é isso. Como eu disse, o fim quase que valeu a pena por toda a leitura. Teve muita gente nova, romance, teve ação, teve mortes - uma em especial bem triste - e teve finalmente a Mare abraçando e compreendendo melhor os seus poderes. No entanto, embora ela tenha abraçado o seu espírito guerreira e a causa pela a qual ela luta, a Mare também vai se isolando e tornando-se solitária e cada vez mais perdendo a garota que um dia ela foi, o que acho até bem justificável, tendo em vista pelo o que ela passou.

Ninguém nasce mau, assim como ninguém nasce sozinho. As pessoas se tornam más e solitárias, por escolha e circunstância.

O epílogo com certeza vai te deixar louca de ansiosidade pelo o terceiro volume. Agora é esperar por King's Cage.

“Perceba seu próprio destino, Mare Barrow.” E qual seria? "Erga-se. E erga-se sozinha. "

Posts Relacionados

Ver tudo
bottom of page