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Resenha: A Prisão do Rei (A Rainha Vermelha #3) - Victoria Aveyard


Série: A Rainha Vermelha Nome Original: King's Cage Volume: Editora: Seguinte

Páginas: 544

Gênero: Fantasia, New Adult e Romance.

Lançamento: março de 2017







Sinópse:

Mare Barrow foi capturada e passa os dias presa no palácio, impotente sem seu poder, atormentada por seus erros. Ela está à mercê do garoto por quem um dia se apaixonou, um jovem dissimulado que a enganou e traiu. Agora rei, Maven continua com os planos de sua mãe, fazendo de tudo para manter o controle de Norta — e de sua prisioneira. Enquanto Mare tenta aguentar o peso sufocante das Pedras Silenciosas, o resto da Guarda Escarlate se organiza, treinando e expandindo. Com a rebelião cada vez mais forte, eles param de agir sob as sombras e se preparam para a guerra. Entre eles está Cal, um prateado em meio aos vermelhos. Incapaz de decidir a que lado dedicar sua lealdade, o príncipe exilado só tem uma certeza: ele não vai descansar enquanto não trouxer Mare de volta.

Resenha:

A Prisão do Rei começa exatamente aonde Espada de Vidro terminou. Capturada pelo o Maven, Mare agora encontra-se praticamente sem saída e jogada a própria sorte, tendo em vista que um resgate pela a Guarda Escarlate na atual situação seria praticamente um suicídio.

O interessante é que esse livro comparado ao anterior, tinha um potencial mais excitante. Afinal de contas, a Mare acaba de ser capturada pelo o Maven e o futuro dela passa a ser incerto e com isso várias possibilidades se abrem.

No entanto, o que era promissor acabou por cair no que eu chamo de "abismo político". A primeira metade do livro a Mare passa capturada pelo o Maven, que a usa para fins políticos, mas durante esse tempo pouca coisa de fato acontece. A autora então, acabou por aproveitar esse espaço e explorar um pouco mais sobre táticas de guerra e a história. Como as coisas aconteceram, como surgiram as discriminações entre os prateados e vermelhos e etc. Dito isso, achei essa parte chata. Extremamente monótona e massante.

Pessoalmente, eu tive uma certa dificuldade com esse livro porque ele tem muitos personagens pra lembrar do livro passado e com um ano de lançamento entre um livro e outro, ficou realmente difícil de registrar todo mundo. Digo isso porque vários personagens me passaram despercebidos, sem que eu me lembrasse quem eram. Mas teve uma em especial que me trouxe um certo nervoso porque o livro foi contado pelo o ponto de vista dela e eu não tinha a menor ideia de quem era ela. Estou me referindo a Cameron. Esse é um dos grandes problemas de quando você leva muito tempo entre um livro e outro. Infelizmente, isso acaba me fazendo perder o interesse pelo livro e, provavelmente, não irei me aventurar no último. Essa é uma história com muitos personagens, muitos detalhes e depois de um ano você lembrar de tudo, é impossível. Por isso que hoje em dia eu só começo uma série em que os livros levam muito tempo para serem lançados quando eu sei que ela já está quase finalizada. Dessa forma, eu leio tudo de uma vez.

Aliás, pra quem ainda não sabe, A Prisão do Rei conta com os pontos de vista não só da Mare, embora esse seja predominante, mas também da Evangeline e da Cameron. Os capítulos da Evangeline foram pouquíssimos, mas surpreendentes e alguns até bem esclarecedores. Já os da Cameron foram um completo desperdício. Ela não é uma personagem com uma história marcante o suficiente para se ter um ponto de vista especial. Tanto que eu mesma nem lembrava da Cameron. Gostaria que tivesse sido a Farley ou até mesmo o Cal, porque entendo que a intenção era mostrar como andava o outro lado com a Guarda Escarlate já que a Mare não estava mais por lá e o leitor precisava ter uma visão daquele núcleo, mas não sobre o ponto de vista da Cameron. Ela é uma personagem chata, repetitiva e completamente sem carisma.

Mas enfim, nesse volume Victoria abriu por completo o Maven e nos mostrou do que ele realmente é feito. Não só de crueldade, mas também de inseguranças e solidão. Ele é um garoto assustado e confuso sobre os seus sentimentos. Por outro lado, a sede pela a conquista o fazem perseguir os planos de sua mãe que o levam cada vez mais para o abismo. Infelizmente, por mais que eu torcesse para uma redenção do personagem, vi nesse livro que isso é quase uma causa perdida. Não acredito que haja "conserto" muito embora eu gostaria que o Cal conseguisse, porque eu realmente torço pelo os dois como irmãos. O Maven é o personagem que eu gostaria de gostar, então era confortante as cenas em que ele não era puramente cruel e quem melhor extraía isso dele era a Mare. Ele a ama, isso é indiscutível, mesmo que seja do seu jeito doentio e obcecado. E a única forma de tê-la para si, era mantendo-a domada por algemas de pedras silenciosas, mas embora já cansada e sem energia, ela não perdia as esperanças de um dia conquistar a sua tão sonhada liberdade de volta.

Ele me enganou quando era príncipe, me atraindo para sua armadilha. Agora, estou na prisão do rei. Mas ele também está. Minhas correntes são as Pedras Silenciosas. As dele são a coroa.

E há o Cal, o Príncipe exilado, dividido entre a guarda Escarlate e os Prateados, mas nesse volume a única coisa que ele tem em mente é a certeza de que precisa resgatar a Mare, custe o que custar. Inclusive, a gente vê aqui um casal um pouco diferente dos livros anteriores, pois durante o tempo em que ficou presa, a Mare mudou um pouco e aqui a gente vê o reflexo dessa mudança também no relacionamento dos dois. Senti o casal além de mais apaixonados, também um pouco mais soltos um com o outro.

O romance entre os dois me surpreendeu um pouco, porque tomou uma proporção muito maior do que eu esperava. A Victoria nunca realmente investiu muito no romance. Houve uma construção mínima nesse sentido. E o que eu sinto com esse livro é que anteriormente, ela tinha a intenção de deixar isso um pouco mais superficial, mas obrigatoriamente se viu coagida a mudar de percurso e intensificar as coisas, provavelmente pelo o apelo que a coisa toda de #teammaven e #teamcal acabou causando. Eu gostei do final. Sinto o Cal um personagem acorrentado a uma pedra, puxando-o pra baixo. Isso devido a total falta de controle que ele tem tido sobre a própria vida. Desde que nasceu o Cal tem sempre alguém direcionando o caminho dele. Acho que já está na hora de ele tomar as rédeas e se tornar quem ele realmente quer (seja lá o que for) e por ele mesmo, não por escolha de uma outra pessoa. E aquele fim, queira ou não foi uma escolha do próprio. Em suma eu diria que foi um livro bem razoável. Um tanto confuso algumas vezes, como se a Victória tivesse esquecido um parágrafo de fora e o trecho tivesse perdido a sequência e consequentemente o sentido. Felizmente, isso aconteceu só umas duas vezes. Porém, para uma história com a magnitude que a A Rainha Vermelha tem tido, é um erro que o editor da autora jamais deveria ter deixado passar. Como disse, a primeira metade foi bem monótona, daria uma nota 2 porque foi difícil até de continuar, já a segunda metade ganhou vida e se tornou consideravelmente melhor e para ela dou nota nota 4, tirando a média vou dar 3,5 porque a parte boa superou a parte chata. Mas fato é, essa série infelizmente tem estado longe de ser tudo o que ela prometia ser.

Contudo, eu realmente espero que a Victoria deposite nesse próximo livro tudo o que ela tem segurado durante toda a série. Quero ver uma evolução maior do Cal que nesse ponto, acredito que seja o personagem com mais espaço para crescimento.

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