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Review: Take Me with You - Nina G. Jones


Editora: Independente Língua: Inglês

Páginas: 376 Gênero: Romance, Contemporâneo, Erotico, Suspense, Dark, Adulto. Lançamento: Outubro de 2016.







Sinópse:

Eu observo. Eu estudo. Eu rondo. Eu caço. 
Eu sempre faço um plano. Um conjunto de regras estabelecido. Eu não tomo riscos desnecessários. Foi assim que consegui me livrar de ser capturado por todos esses anos. Mas existe algo nessa garota que é diferente das outras. Quando eu finalmente a conheço, as regras se tornam um borrão. E eu quebro a mais importante de todas elas - eu a levo comigo. 
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É apenas a minha imaginação - aquela sensação de ser observada. Que aqueles olhos frios - de uma cor turquesa vívida manchado de dourado - não estão de fato me observando. É apenas estress. Eu sou o tipo da pessoa que todo mundo confia. Talvez seja por isso que eu tenha me sentido tão descontente com a minha vida ultimamente. Por que eu sonho que aqueles olhos pertencem a alguém que poderia me afastar de todas as minhas responsabilidades.Mas essas são apenas fantasias vergonhosas, nunca destinadas a se tornar realidade. E então, em uma noite, o sonho se torna realidade, mas na verdade é um horrível pesadelo. Agora, eu só tenho um objetivo: a sobrevivência.

Alerta Gatilho: O livro contém temas relacionados a sequestro, violência e abuso.


Resenha:

Gente do céu! Que livro é esse!? Socorro! hahaha Depois de menos de 24 horas presa a essa história, incapaz de colocá-la de lado até para dormir, eu finalmente cheguei ao final e eu simplesmente me encontro completamente confusa e chocada. Fazia tempo que um livro não revirava a minha cabeça desse jeito. Take Me With You não é um livro que irá para a minha estante apenas como mais um livro que eu li e amei. Não, esse livro jamais será esquecido, ficará impregnado na minha mente ainda por muito tempo.


Esse é um dos melhores sentimentos que a leitura pode trazer. Amo quando um livro me tira do eixo ou como nesse caso, me tira também da minha zona de conforto e de tal forma que conforme a leitura vai se desenvolvendo diante dos meus olhos eu fico angustiada, empolgada, apreensiva e até mesmo assustada... Como se eu estivesse dentro da história, como se eu fosse ELA, vivendo as experiências junto com ela e não apenas como uma mera observadora.


Inicialmente, eu imaginei que esse livro fosse meio que parecido com "Stolen: Uma carta para o meu sequestrador". Inclusive, um que eu amo e está lá na lista dos meus favoritos de toda a vida, mas Take Me With You me levou para uma jornada bem mais emocionante e pela qual não esperava.

Garotas como ela não querem o monstro de verdade, apenas a ideia de um. Elas querem estar seguras, mas ainda se deleitar com a emoção. Mas não há segurança em um monstro. Porque os monstros consomem. Eles tomam o seu corpo, sua alma e a sua inocência.

Esse tipo de leitura mais dark normalmente são meio complicadas. Para mim existe uma linha tênue nos livros e uma vez que essa linha é cruzada, não existe mais volta, não existe mais redenção para os personagens e ele simplesmente fica perdido e ai quando isso te impede de se conectar a ele, a leitura vai toda por água a baixo. Por outro lado, há também os casos que no fim, a linha entre o certo e errado ficam tão borradas e misturadas que o leitor até se "esquece" desse fato e se envolve mesmo assim. É como se o livro te "enganasse". Como se você durante todo o tempo torcesse por algo, mas de repente, percebesse que aquilo já não é mais o que você quer... A história vira uma montanha russa de sentimentos. A nota da autora na sinopse do livro é a seguinte: "Aviso: Porém, se você precisa de um, então é porque este livro não é pra você." Ou seja, se você não está disposta a encontrar pela a frente o que quer seja, então você não está preparada (o) para esse livro. E olha, eu não poderia concordar mais com essa autora. A minha experiência com essa trama foi a de não pensar muito, e apenas sentir. Deixar a história me levar... Até porque nesse tipo de livro as emoções do leitor são de certa forma "manipuladas" pelo o escritor, então o melhor mesmo é se deixar levar.

O medo é a cola que nos uni.

Se você procura aqui nesse livro um romance, então esquece! Existi de fato uma história de amor, mas não existe nada de romântico ou belo aqui. Se você procura uma história de bad boy, esqueça também. O protagonista desse livro não é um bad boy, ele é um total e completo psicopata. Do tipo que espera a madrugada chegar para invadir a sua casa e roubar a sua vida. E olha que isso nem é exagero, porque de fato, isso acontece. rsrs Não existe redenção para esse personagem. Já desde os primeiros capítulos do livro você já sabe que é impossível apagar tudo o que ele já fez e esperar por um romance emocionante. Esse personagem já cruzou aquela linha acima mencionada há muito tempo. No caso desse livro você simplesmente aceita o fato e segue em frente afim de ver aonde a autora irá nos levar. No entanto, a questão maluca nessa história é a seguinte, a autora desenvolve esse livro de uma forma tão brilhante entre o passado e o presente desse personagem que você entende a razão para ele ter se transformado no que ele é e é aqui meus amigos, que a confusão mental e emocional começa. Especialmente quando você percebe que ele não é o único a embarcar em uma determinada "fantasia".

Eu pensei que ser amada era o sentimento mais gratificante. Não, é alguém ser obcecado por você. É ter alguém tão apaixonado ao ponto de arriscar tudo para tê-la. Essa é uma altura que o amor não consegue tocar.

Ele é conhecido como o vigia noturno pela a imprensa. Ele espera a madrugada chegar para invadir as casas, ganhar a confiança das vítimas e ao final, tomar o que ele bem quiser. Ele escolhe e estuda a vida dessas pessoas para não haver erros. Ele é extremamente inteligente, cuidadoso e não toma riscos desnecessários. O controle e o poder de alterar a vida delas, tirar a segurança, o orgulho e destruí-las para sempre é o que o excita (com o decorrer do livro você entende da onde surgiu essa necessidade).

Eu sou um monstro. Monstros não vivem debaixo da cama ou do armário. Eles não aparecem em um sopro de fumaça. Não, os monstros são como eu: o cara tranqüilo que leva uma mulher bêbada para a casa, um tio protetor, aquele cara modesto com um sorriso amigável que conserta a sua varanda. Nós fazemos o nosso trabalho no escuro, nos escondemos nas sombras, mas vagamos durante o dia, examinando a nossa próxima vítima.

Recentemente ele descobriu a sua próxima presa. Vesper é uma jovem que está prestes a se graduar em enfermagem. Aliás, ela também já o notou a olhando de longe, mas mal sabe ela que o dono daquele par de olhos azuis tão penetrantes e que tem feito parte das suas fantasias, se tornaria o seu pior pesadelo. No entanto, algo de diferente na Vesper o intriga e à medida que ele estuda a sua vida e rotina, ela se torna a sua obsessão e quando ele invade a casa dela, ele faz algo que jamais imaginou fazer, ele também a sequestra.

Você não pode vencer o diabo sem se tornar como ele. Você não pode apelar para sua bondade, então você tem que aprender a jogar o jogo dele. Você mente, se rende, manipula, luta, insulta, até que você faz o que for preciso para vencer a batalha. Cada vez que você faz essas coisas, você o entende um pouco mais. Até que finalmente, ele se torna o seu aliado. Você acha que ganhou e que o tornou mais parecido com você. Mas na verdade, é o contrário. De modo que mesmo quando você ganha, você perde.

Esse livro é psicologicamente perturbador, provocante e angustiante. Para completar, a escrita é absolutamente incrível. A autora desenvolveu o livro com perfeição e de uma forma que tudo pareceu absolutamente real. O livro fluiu suavemente, sem pressa, fazendo o leitor se envolver com cada aspecto da trama e ao final com todas as pontas sendo devidamente amarradas.


Ele é contado em primeira pessoa, mas aqui a gente ganha o ponto de vista do protagonista masculino e feminino. O que no caso desse livro foi essencial, porque o leitor precisa de certa forma entender o que se passa pela cabeça de ambos, especialmente a DELE, caso contrário, ficaríamos apenas assustados e não conseguiríamos nos conectar a nenhum dos dois personagens. Um dos melhores livros que eu já li. Aliás, esse foi de fato o melhor livro nesse estilo que eu já li. Ele te consome e te vira à cabeça. Take Me with You segue mais uma linha de suspense, da qual acaba abordando a complexidade do individuo, aquele aspecto do "nem todo mundo é 100% bom e nem 100% ruim" e, por conseguinte, também acaba tocando nos aspectos da síndrome de Estocolmo... Como eu citei o Stolen lá em cima, se eu tivesse que fazer uma comparação meio tosca, diria que ele é uma versão infantil desse livro. rsrs Isso, porque esse aqui além de ser mais sombrio, vai também muito mais além na complexidade humana.

Perfeito.

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