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Review: Em outra vida, talvez? - Taylor Jenkins Reid


Título Original: Maybe in Another Life

Editora: Record

Páginas: 368

Gênero: Adulto, Romance, Contemporâneo.

Lançamento:,







Sinópse:

E se tudo o que é possível acontecesse? Hannah está perdida. Aos 29 anos, ainda não decidiu que rumo dar à sua vida. Depois de uma decepção amorosa, ela volta para Los Angeles, sua cidade natal, pois acha que, com o apoio de Gabby, sua melhor amiga, finalmente vai conseguir colocar a vida nos trilhos. Para comemorar a mudança, nada melhor do que reunir velhos amigos num bar. E lá Hannah reencontra Ethan, seu ex-namorado da adolescência. No fim da noite, tanto ele quanto Gabby lhe oferecem carona. Será que é melhor ir embora com a amiga? Ou ficar até mais tarde com Ethan e aproveitar o restante da noite? Em realidades alternativas, Hannah vive as duas decisões. E, no desenrolar desses universos paralelos, sua vida segue rumos completamente diferentes. Será que tudo o que vivemos está predestinado a acontecer? O quanto disso é apenas sorte? E, o mais importante: será que almas gêmeas realmente existem? Hannah acredita que sim. E, nos dois mundos, ela acha que encontrou a sua.

Resenha:

Em outra vida, talvez? é o segundo livro da autora Taylor Jenkins Reid que leio (o outro foi 'Depois do Sim'). Agora acho que já posso oficialmente dizer que essa autora é mesmo fantástica. O que mais tem me chamado a atenção em seus livros é a forma com que ela lida com alguns aspectos da vida e sempre de uma forma bem única.


Em 'Depois do Sim' a gente acompanha a decadência de um casamento e os personagens lutando para encontrar uma forma de se reconectar e salvarem a relação. Em outra vida, talvez? a gente tem a oportunidade de ver as consequências das nossas escolhas. Sabe quando a gente se pergunta "e se tivéssemos feito tal coisa, como teria sido?" Pois é, nesse livro a autora mostra os dois lados da moeda, nos dando assim, a oportunidade de ver os efeitos de uma determinada escolha na vida dessa jovem personagem.

Nós não sabemos o que teria acontecido, mas seja lá o que fosse, é porque não deveria acontecer.

Falando assim, parece esquisito, mas na verdade é tudo bem simples. A Hannah é uma mulher um pouco perdida na vida. Tanto em relação aos seus propósitos quanto ao seu lugar. Dessa forma, ela está constantemente mudando de cidades, empregos, relacionamentos... Mas apesar de já estar com quase trinta anos, ela tem a esperança de conseguir se achar. Por isso, ela resolve voltar para Los Angeles, - sua cidade natal - e morar temporariamente na casa da sua melhor amiga de infância.

Eu não tenho nenhuma ideia do que eu deveria estar fazendo com a minha vida, de qual seja o meu propósito e nenhum sinal de um objetivo de vida e ainda assim, o tempo me encontrou.

Mas logo que a Hannah chega à cidade, ela sai com os amigos para comemorar a sua volta e lá ela reencontra o Ethan, um antigo namorado e do qual ela foi completamente apaixonada na adolescência. Entre conversas, sorrisos e olhares ela sente que ainda existi uma faísca entre os dois. Mas de repente, a sua amiga precisa ir embora e a chama para ir com ela, porém, Ethan pede para ela ficar com ele mais um pouco.


E bem aqui a história se divide. A partir desse momento, o livro começa a ser contado por dois pontos de vista e em capítulos alternados. Em um ponto de vista a gente acompanha como a vida da Hannah teria sido se ela tivesse ficado no bar com o Ethan e em outro ponto, nós vemos como teria sido se ela tivesse ido embora com a amiga. É como se realmente existissem dois universos paralelos. Não há o real ou o irreal, pois ambos são reais e, em cada um deles a gente tem a oportunidade de ver a vida dela se desenvolvendo de acordo com aquela determinada escolha e vermos até que ponto as coisas são ou não destino. Isso inclusive, é uma teoria da física quântica que tem sido bastante estudada de uns anos para cá. Assim, nesse livro a autora nos mostrou essa "possibilidade" de mundos paralelos.


Eu achei isso tudo muito doido, mas tão interessante e empolgante que eu fiquei vidrada na história. Aqui, a gente tem a oportunidade de ver como uma simples escolha pode mudar toda a trajetória de uma vida. Essa não é apenas uma história - por melhor que seja - que te faz só passar o tempo, ela também lhe faz parar para refletir sobre várias coisas da vida. E para mim, esses são os melhores tipos de leitura, pois com certeza te acrescentam alguma coisa.

Quando você senta lá e deseja que as coisas tivessem acontecido de forma diferente, você não pode simplesmente anular as coisas ruins, você também tem que pensar nas coisas boas que poderiam desaparecer Melhor mesmo é ficar no agora e focar no que você poderá fazer diferente no futuro.

Esse livro não é exatamente um romance. Quero dizer, há romance nele também. Mas acima de tudo, essa história é sobre todos os aspectos da vida de uma mulher. Família, amigos, filhos, profissão... Sem falar que é também sobre autoconhecimento, superação, erros e acertos, destino, alma gêmea e tantas outras coisas. E quanto ao romance, bem como eu mencionei acima, há o Ethan, mas também há um enfermeiro extremamente fofo na jogada. E antes que se questionem se isso é sobre um triângulo amoroso, eu já adianto que não é o caso, muito embora entre os dois eu tenha um preferido. Mas ambos são uns amores e cada um é especial a sua maneira. Com certeza irão conquista-los.


Bom, o fim do livro e a saída que a autora deu para a história me surpreendeu um pouco. Imaginei que fosse acontecer outra coisa. Mas o resultado me deixou bem satisfeita e se ao longo da leitura eu já não tinha refletido o bastante, o final me fez refletir ainda mais. rsss Principalmente porque a mensagem que a autora quis passar com ele é exatamente o que eu sempre acreditei, então foi legal poder ver isso se desenrolar em uma história tão envolvente.


Enfim, esse é um livro muito legal, não é a toa que foi escolhido pela a revista Glamour americana como o melhor livro do verão. Eu adorei a forma como a autora lidou com determinadas situações e principalmente com a forma tocante que ela escreveu essa história. Esse é o tipo de leitura que você lê em uma sentada. E a Hannah foi para a minha lista de melhores personagens. Não sei se existe ou não algo de tão especial sobre ela, mas eu me identifiquei bastante.

Não importa se nós não temos a intenção de fazer o que fazemos. Não importa se foi um acidente ou um erro. Muito menos importa se acharmos que isso tudo é o destino. Porque independentemente do nosso destino, nós ainda precisamos responder pelas as nossas ações. Nós fazemos escolhas, grandes e pequenas todos os dias nas nossas vidas, e todas essas escolhas têm consequências.

Bem, apesar de eu ter adorado o livro, eu só não vou dar cinco estrelas porque embora eu tenha mergulhado emocionalmente na história, eu não cheguei a me afundar. Ela teve um impacto diferente e vai ficar marcada para mim, mas ainda acho que faltou alguma coisinha que eu não consegui identificar. rsss Sendo assim vou dar 4.5. Ele quase chegou naquele nível, mas ficou faltando um pouquinho mais.

Fate or not, our lives are still the results of our choices. I’m starting to think that when we don’t own them, we don’t own ourselves.

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